FIES: como funciona e vale a pena?

Por Redação

Ingressar em uma faculdade é o sonho de muitos jovens brasileiros. Isso porque, nesse caminho, é possível aumentar as chances de sucesso profissional, melhorar as condições de trabalho e, é claro, garantir novos conhecimentos e experiências ao longo do curso escolhido.

A esse respeito, há várias formas de realizar esse desejo, como é o caso de prestar um vestibular tradicional. Além disso, existe também outra porta de entrada para o aluno, chamada de Fundo de Financiamento Estudantil (FIES).

Esse é um programa do governo que ajuda pessoas que não têm condições para arcar com os custos da mensalidade da graduação por meio de um financiamento. Ao longo dos últimos anos, esse benefício sofreu algumas atualizações. No entanto, muitos jovens não têm conhecimento sobre o FIES, como funcionam suas normas e se vale a pena aderir a esse programa.

Para esclarecer esse assunto, preparamos este artigo contendo as principais informações. Continue a leitura e fique por dentro de tudo!

FIES: como funciona?

O FIES é um programa que foi criado pelo Ministério da Educação (MEC) no ano de 1999. Seu principal objetivo é facilitar a entrada do jovem de baixa renda no ensino superior. Desde a sua primeira implementação, o programa sofreu várias mudanças ao longo dos anos. A última delas foi realizada em 2018, e foi classificada como o “novo FIES”.

Esse sistema utiliza as notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para classificar os alunos mediante suas respectivas notas e condições financeiras exigidas pelo programa.

Dessa forma, com a classificação dos candidatos que ficaram dentro das vagas e dos requisitos preestabelecidos, há a disponibilização do financiamento de cursos superiores em instituições particulares.

Atualmente, o FIES é dividido em duas modalidades. Confira agora quais são elas!

FIES Fundo Garantidor

Essa modalidade foi criada para atender aos estudantes que possuem renda familiar per capita mensal de até três salários-mínimos. Além disso, apresenta juros zero, tendo correção apenas pela inflação.

P-FIES

Já a modalidade P-FIES tem a finalidade de atender as pessoas que dispõem de renda familiar de até cinco salários-mínimos por indivíduo. Ademais, apresenta um valor de juros que pode variar de acordo com o banco.

Vale ressaltar que o FIES que possui juros zero estabelece um limite de vagas. Por conta disso, há uma seleção mais exigente, em que mesmo o aluno apresentando regularidade quanto às exigências de renda pode não conseguir o processo por conta da sua nota no Enem. No caso do P-FIES é um pouco diferente. Nessa modalidade não há limite de vagas, visto que não é o Governo Federal que disponibiliza o capital do financiamento, mas sim os bancos.

Dessa forma, é fundamental que o candidato conheça as características das duas modalidades para poder saber ao certo se adere ou não ao programa.

Há casos em que os estudantes, devido à falta de instruções, assinam o contrato pela modalidade do P-FIES, tendo em mente que se trata de um financiamento sem juros, e acabam contraindo dívidas exorbitantes ao finalizarem o curso.

Devido a isso, é preciso que o candidato pesquise sobre como funcionam os juros e faça a simulação.

Novo FIES funciona diferente?

O que é conhecido como “Novo FIES” nada mais é que uma iniciativa do Governo Federal para dar continuidade ao auxílio a quem não dispõe de condições para arcar com os custos de uma faculdade particular.

Dentre os fatos que motivaram a mudança, pode-se citar os cortes de custos pelo MEC, além dos altos índices de inadimplência ocasionados durante a existência do programa. Desse modo, no ano de 2018, foram reformuladas algumas regras, criando o novo FIES.

Segundo relatório do próprio MEC, as modificações do programa têm a finalidade de garantir a sustentabilidade e afirmação do benefício, de modo a diminuir, por exemplo, a inadimplência que, de acordo com o Ministério da Educação, chega a 50%.

No que se refere às mudanças, foram formulados valores da taxa de juros, do prazo de pagamento da dívida, além da ampliação da faixa de renda.

A respeito do prazo de carência, na nova regra, os estudantes terão que pagar a dívida assim que se formarem. Algumas regras continuaram, como a obrigatoriedade de o aluno realizar o Enem e a ausência da cobertura para a modalidade EAD.

Como funciona a seleção do FIES?

Para ser beneficiado por esse programa, o aluno deve passar por uma pré-seleção. Essa classificação será iniciada após os resultados das provas do Enem. O candidato usará sua nota para ranqueá-la com outros alunos. Confira agora a sequência de procedimentos para a fase intermediária de classificação no programa!

Etapa 1

O candidato irá se inscrever no programa para tentar ser beneficiado pelo FIES.

Etapa 2

Logo em seguida, o MEC fornecerá os resultados da seleção em que estarão os pré-selecionados.

Etapa 3

Os alunos que estiverem na lista de pré-selecionados irão completar sua inscrição no sistema chamado SisFies.

Etapa 4

Feito a inscrição no SisFies, o aluno fará a validação das informações na Comissão Permanente de Supervisão e Acompanhamento (CPSA) da faculdade escolhida em um período de até dez dias, contados com base no dia seguinte ao da inscrição.

Dessa forma, durante o processo, o que acontece é bem simples: quando um candidato se encontra na lista de pré-selecionados pelo Fies, ele deverá ainda cumprir algumas etapas, preenchendo o cadastro com outras informações que são solicitadas pelo MEC.

Só depois de todas essas etapas é que o aluno irá receber o resultado concreto de sua classificação. Vale relembrar que você só poderá dar continuidade às etapas da pré-seleção se tiver realizado a inscrição inicial e tiver sido selecionado nesta etapa.

Portanto, isso foi tudo que você precisa saber sobre o FIES e como ele funciona.

A respeito da questão de valer ou não a pena tentar esse meio de entrada para cursar uma faculdade, é necessário, antes de tudo, analisar as suas condições atuais e futuras em termos de disponibilidade financeira, bem como as demais opções de ingresso ao curso superior que são acessíveis à sua realidade.

Isso te ajudará a decidir se o financiamento pelo Fies vai ser a melhor opção.