O Itaú comprou a XP, o que mudou?

Por Redação

O Itaú comprou a XP, o que mudou?

O que aconteceu?

Inicialmente, é preciso esclarecer que o Itaú não comprou a corretora, apenas se tornou sócio, um acionista minoritário. Isso quer dizer que quem decidirá os rumos da corretora é a própria equipe controladora da XP.
Em termos de dinheiro, a compra envolve um montante de R$ 6 bilhões por 49,4% das ações da corretora, 10% do caixa do banco a época, sendo que haveria uma inserção imediata de R$ 600 milhões.
Há também um acerto entre o Itaú, o fundo General Atlantic e a gestora Dynamo. O acordo prevê que a participação total do banco na corretora possa chegar a 75% no ano de 2022. Isso porque o Itaú teria se comprometido a adquirir uma fatia de 12,5% em 2020 e outros 12,5% em 2022.
No entanto, a maioria das ações com direito de voto continuam com a XP e seu fundador, Guilherme Benchimol, continuará à frente do comando da empresa.
O Itaú também afirmou que não terá participação de grande influência nos rumos da corretora. O contrato prevê no momento a possibilidade de indicação de dois conselheiros para o Conselho Administrativo, mas não poderá indicar diretores.

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Motivo

Uma das razões muito comentadas seria a expansão da XP e a possibilidade de lucro encontrada pelo Itaú em ser sócio da corretora.
A XP, fundada no ano de 2001, lançou no Brasil um conceito até então novo ao oferecer serviços de educação financeira aliados à plataforma de investimentos. Usando a fuga dos bancos como maior chamariz de clientes, para que investidores deixassem bancos e usassem corretoras, a XP foi gradativamente alcançando números de faturamento extraordinários.
Para se ter uma ideia, o faturamento da empresa em 2009 foi de R$ 118 milhões. Em 2016, seu faturamento alcançou R$ 1,3 bilhões de reais, R$ 600 milhões a mais que em 2015.
No meio desse tempo, ela adquiriu corretoras como a Clear (visando principalmente sua tecnologia) e a Rico, segunda maior corretora do mercado na época da compra.
Esses números teriam indicado ao Itaú, que já havia feito outras investidas a corretora, que a desbancarização era um fato. As pessoas estavam investindo cada vez mais através de corretoras independentes, por isso o banco precisava se adaptar.
E assim, ao se tornar sócio, o banco então teria ao menos um lucro residual dos investimentos de clientes que deixassem de realizar suas aplicações pelo Itaú para fazê-las na XP.

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O que mudou?

Até agora, a única mudança mais tangível é a consolidação da XP. Por ter o maior banco privado como acionista, a corretora ganha mais solidez, prestigio e confiança por parte do mercado e dos investidores.
Quanto ao controle da empresa e sua governança continuam iguais. A taxa e a rentabilidade de seus vários produtos também não deverão sofrer mudanças em um futuro próximo.
No papel, as corretoras XP e a Itaú corretora continuaram com seus negócios separados.

Pontos favoráveis

Como já mencionado, a XP, que já é a maior corretora de valores independente do país, ganha uma grande solidez adicional por parte dessa aquisição acionaria do Itaú, firmando-se ainda mais no mercado.
Tal feito pode também influenciar para que no futuro outros bancos realizem a mesma escolha do Itaú em relação a outras corretoras.
Isso é muito comum fora do Brasil. No caso, o consumidor ganha os benefícios que uma corretora oferece (maior variedade de produtos, rentabilidade mais alta, etc) associados a solidez dos bancos.
A medida em que as incertezas sobre a negociação acabem, certamente mais pessoas deverão abrir conta na XP, que é um processo bem simples.
O interessado deve visitar o site da corretora e clicar no botão superior direito “abrir sua conta” Em seguida o investidor será guiado para uma tela onde os primeiros dados pessoais serão pedidos, assim como será perguntado se o mesmo já possui um assessor para os investimentos.
Uma vez que esses dados forem respondidos, será requisitado os dados residenciais, bancários e rendimentos. O visual e forma apresentado nas páginas são bem simples.
Depois disso, é necessário aguardar um período de análise feito pela XP, que leva no máximo dois dias. Se estiver tudo certo, a conta será aberta e um email com os dados para login e senha eletrônica serão enviados para o cliente.
Caberá agora apenas realizar a transferência de recursos e o início das aplicações em investimentos.