O que é Análise Fundamentalista?

Por Redação IQ 360

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No mercado de ações há diferentes tipos de critérios para observar as movimentações de preços e tendências de ativos. No segmento de análises, existem dois tipos: análise técnica e fundamentalista. Você sabe como elas funcionam?
A análise técnica baseia-se em análises em tempo real de gráficos de ativos, com critérios estritamente técnicos, em períodos curtos de tempo (semanas, dias, horas e minutos). Já a análise fundamentalista avalia uma série de critérios que determinam a saúde financeira da empresa a longo prazo (meses, anos). Os dois métodos podem ser usados de maneira complementar e tem como objetivo determinar se é ou não um bom negócio o investimento em determinados ativos.
A análise fundamentalista pode se referir a saúde financeira de qualquer entidade, até mesmo da economia de países inteiros, pois avalia a situação econômica, financeira e mercadológica dos investimentos. Seu principal objetivo é lucrar com a diferença de preço de compra e venda de ações, por isso, um dos seus pressupostos é de que o preço de uma ação no mercado não reflete seu valor real (valor intrínseco), ou seja, os ativos podem estar sendo vendidos acima ou abaixo desse valor.
A avaliação dos indicadores econômicos dos países no mercado internacional acontece porque eles podem influenciar o movimento das Bolsas de Valores ao redor do mundo. Podem ser usados como referência a Decisão de Politica Monetária do FED, nos EUA, ou o Índice de Atividade Econômica do Banco Central do Brasil (IBC-Br), por exemplo.
A técnica foi difundida pelo economista inglês Benjamin Graham, e para ele o preço de uma ação reflete a expectativa de lucros futuros, com base em seu fluxo de caixa em determinado momento. Os principais conceitos analisados são: os fundamentos da empresa, valor relativo da ação, valor da ação e horizonte de investimento a longo prazo.
 

Variáveis da Análise Fundamentalista

Existem diversas variáveis possíveis na análise fundamentalista, entretanto, elas podem ser agrupadas em duas categorias principais: quantitativa e qualitativa. Na primeira, o foco fica nos números, itens mensuráveis, como demonstrativos financeiros para medir a receita, lucro, ativos, etc. Já na segunda, as variáveis estão relacionadas às características mais intrínsecas do negócio, como a formação da diretoria, poder da marca, patentes, etc. Confira a seguir os indicadores mais usados:
Balanço Patrimonial: publicado periodicamente pelas empresas, permite avaliar a situação geral por meio do patrimônio líquido (capital acumulado), os ativos (equipamentos, terrenos, bens, entre outros) e os passivos (soma de dinheiro gasto com contas a pagar, impostos, taxas, salário, entre outros).
Demonstrativo de Resultado do Exercício (DRE): revela ao final do período de exercício (que pode ser um ano) se houve lucro ou prejuízo.
Demonstrativo de Fluxo de Caixa (DFC): mostra o dinheiro em caixa da empresa, sendo possível observar seu movimento de entrada e saída.
Índices e Múltiplos: por meio da análise desses critérios é possível encontrar ações subavaliadas, que podem ser valorizados a médio ou longo prazo. Entre eles estão: a avaliação do Índice Preço/Lucro; Preço/Vendas; do múltiplo Lucro Antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (LAJIDA), que ajuda a analisar o desempenho da empresa; Dividendo de Yield, que mostra o rendimento de uma ação em relação ao pagamento de dividendos; Return On Equity (ROE), que é a taxa de retorno do investimento dos acionistas, que ajuda a medir o desempenho da companhia.